Introdução
“Made in China 2025” é um plano estratégico lançado pelo governo chinês em 2015 com o objetivo de transformar a China em um líder global na fabricação de high-tech. O plano estabelece metas ambiciosas para que a China avance na cadeia de valor e se torne um ator importante em indústrias como tecnologia da informação, aeroespacial, veículos de nova energia e robótica avançada.
Objetivos Principais do Made in China 2025
Os principais objetivos do Made in China 2025 são:
- Aumentar o conteúdo doméstico de materiais essenciais para 40% até 2020 e 70% até 2025
- Transformar-se em um dos países mais inovadores do mundo até 2020 e em um líder global em inovação até 2030
- Reduzir a dependência da China em relação à tecnologia estrangeira de mais de 50% atualmente para menos de 30% até 2025
- Alcançar avanços em 10 setores-chave: tecnologia da informação, ferramentas de controle numérico e robótica, equipamentos aeroespaciais, equipamentos de engenharia oceânica e navios de alta tecnologia, equipamentos ferroviários, veículos de economia de energia, equipamentos elétricos, máquinas agrícolas, novos materiais e produtos biofarmacêuticos e médicos avançados
Apoio e Políticas Governamentais
Para alcançar esses objetivos, o governo chinês implementou várias políticas e forneceu apoio substancial:
- Oferecendo subsídios, isenções fiscais e empréstimos com juros baixos para empresas nacionais em indústrias específicas
- Incentivando fusões e aquisições para criar grandes empresas competitivas globalmente
- Restringindo investimentos estrangeiros em certos setores para proteger os players domésticos
- Exigindo que agências governamentais e empresas estatais priorizem o uso de produtos e serviços domésticos
- Investindo pesadamente em pesquisa e desenvolvimento, com foco em pesquisa aplicada e comercialização
Progresso e Desafios
Desde o lançamento do Made in China 2025, a China fez progressos significativos em várias áreas-chave:
- A China é agora o maior produtor mundial de robôs industriais, com uma participação de mercado global de 36% em 2020
- A China lidera o mundo em termos de novas fábricas de semicondutores em construção, com 8 das 21 fábricas globais sendo construídas na China
- A participação da China nas exportações globais de high-tech aumentou de 8% em 2000 para 25% em 2019
No entanto, a China também enfrenta vários desafios na implementação do Made in China 2025:
- Falta de capacidades de inovação e dependência da tecnologia estrangeira em áreas críticas, como semicondutores
- Excesso de capacidade e ineficiência em algumas indústrias devido à intervenção governamental
- Preocupações dos parceiros comerciais sobre concorrência desleal e roubo de propriedade intelectual
- Crescimento econômico desacelerado e o impacto da pandemia de COVID-19 na manufatura
Implicações para a Economia Global
O Made in China 2025 tem implicações significativas para a economia global:
- Representa um desafio à dominância dos países ocidentais na fabricação de high-tech e pode levar a uma mudança no poder econômico global
- Pode interromper cadeias de suprimento e padrões comerciais globais à medida que a China busca reduzir sua dependência de tecnologia e materiais estrangeiros
- Pode levar a uma competição aumentada e pressão sobre empresas estrangeiras que operam na China para transferir tecnologia ou enfrentar restrições de acesso ao mercado
- Pode também resultar em um aumento de investimentos e inovações em indústrias específicas, potencialmente beneficiando consumidores e o meio ambiente (por exemplo, através de tecnologias de energia renovável mais baratas)
Conclusão
O Made in China 2025 é um plano ousado e ambicioso que reflete a determinação da China em se tornar um líder global na fabricação de high-tech. Embora o plano tenha feito progressos significativos, também enfrenta desafios e gerou preocupações entre os parceiros comerciais da China. O sucesso do Made in China 2025 dependerá da capacidade da China de enfrentar esses desafios e navegar no complexo cenário geopolítico. Independentemente do resultado, o Made in China 2025 continuará a moldar a economia global e o futuro da manufatura.
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